Com injeção, a trail da Yamaha quer a Tornado!
Modelo da Yamaha é lançado com o fim de ser a moto de uso mista mais moderna do mercado – feita no Brasil, ela aproveita o crescimento do segmento no país e usa o conceito da XT 660R
Quem ver a nova moto da Yamaha, irá se surpreender. Moderna, ágil e com boa altura do solo, ela promete uma briga boa com a XR Tornado 250 da Honda. Com painel digital, injeção eletrônica de combustível e utilizando conceitos da Yamaha XT 660R,ela tem tudo para emplacar no mercado mineiro, reconhecidamente um dos que mais curtem motos deste tipo.Trail por excelência, a nova moto e seu motor de 249 cc de cilindrada nada têm aver com a outra ‘250' da marca, a Fazer, do segmento street. A trail da Yamaha, que tem nome oficial de XTZ 250 Lander, disputará em um mercado que tem crescido nos últimos anos e que, em 2005, participou com 7,6% do mercado total (com 78.683 unidades somente de motos 250 cc). Este ano, até agora, as 250 cc já têm 9,09% do mercado total.
Fabricada no país e para brasileiros
A nova Yamaha foi desenvolvida para nosso mercado. A marca desenvolveu um veículo off-road para ser utilizado com conforto também no dia-a-dia, nos deslocamentos urbanos, onde a pavimentação também é um obstáculo. Utilizou o conceito da XT 660R, porém em uma moto menor, conforme explicou Yutaka Kubo, diretor de engenharia de projetos da Yamaha do Brasil. A XTZ 250 Lander é muito parecida com a irmã maior, a XT 660R. O conjunto óptico é praticamente o mesmo, com farol com multirefletor e lâmpada halógena com lente em policarbonato arredondada. Também no painel digital em cristal líquido ela ssão iguais. Bastante completo, traz velocímetro e contagiros digital, além de contar com um hodômetro total e dois parciais (para quem não gostava de pôr este componente, ter dois hodômetros é um luxo em se tratando de Yamaha). Informações como nível de combustível e relógio também estão na nova motocicleta. O Fuel Trip , o hodômetro de combustível, e outras tecnologias põem fim à torneira de reserva, existente em outras motos. Assim que o combustível chega à reserva de 4,3 litros (ao todo cabem 11 litros no tanque), acende a luz indicadora no painel e o "Fuel Trip" começa a marcar quantos quilômetros já foram rodados na reserva. Outro detalhe que chama atenção é o banco bicolor, usado nas motos de competição. Apenas a Lander na cor azul tem os grafismos inspirados nas motos profissionais da marca. As outras duas cores disponíveis, vermelha (que testamos) e preta, têm grafismo próprio.
Uma todo-terreno, mas não de trilha
Ela tem uma considerável altura do solo, de 87,5 cm, e suas suspensões de curso longo mostram que ela foi feita para pessoas com mais de 1,70 metro. Com partida elétrica, o motor injetado responde rapidamente – motor monocilíndrico de 249 cm³ de capacidade, duas válvulas, comando simples no cabeçote (SOHC) com refrigeração mista (ar/óleo). Em uma moto pequena como essa, a injeção faz toda a diferença. Além do fator ecológico - polui menos e economiza combustível -, a Unidade de Controle Eletrônica (ECU) oferece respostas rápidas ao acelerador e os giros crescem rapidamente até chegar nas 6.500 rpm, onde está o torque máximo de 2,10 kgfm. A partir daí, fica bastante esperto até a potência máxima de 21 cavalos a 7.500 giros. A moto ideal para rodar em estradas ruins, ou mesmo de terra, sem problemas. O quadro do tipo semi-berço duplo e as suspensões de longo curso - telescópica na dianteira com 240 mm de curso e um único conjunto mola/amortecedor fixado na balança por links, na traseira, com curso de 220 mm - copiam bem as imperfeições do solo.
Avaliação final da XTZ 250 Lander
Pesada (141 kg) e com pneus Metzeler Enduro 3, ela não é uma moto ideal para trilha, ou seja, lama propriamente dito. Mas agüenta bem aquela terra molhada no sítio, buracos e valas pequenas. Com aros em aço, as rodas trazem pneus 80/90 aro 21 na dianteira e 120/80 aro 18 na traseira. Na ciclística, ela lembra a rival Honda Tornado, mas a Lander não traz aros em alumínio. Mas detona quando o assunto é propulsor, que é mais moderno, traz injeção eletrônica e freios melhores. A Yamaha vem equipada com freio a disco de 245 mm de diâmetro com pinça de dois pistões na dianteira e o tão pedido freio a disco na traseira, onde há um disco de 203 mm com pinça de um pistão. Mais segurança na hora da frenagem.
Preço da Yamaha ZTZ é competitivo
A nova Yamaha vai custar R$ 10.990, preço Manaus. Considerando a tecnologia que traz, é competitivo. A rival Honda XR 250 Tornado tem preço sugerido de R$ 10.463,00 também sem frete e sem seguro. Ambos os preços são sugeridos pelo fabricante e não correspondem aos valores praticados nas concessionárias. Os dois fabricantes oferecem garantia de um ano sem limite de quilometragem. O modelo Yamaha, lançado oficialmente na última semana, só deve começar a ser vendido no final de outubro
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