domingo, 5 de julho de 2009


Honda CBR 1000 RR Fireblade: Testamos a superesportiva derivada da RC 211V

Ela tem muito da moto que levou Valentino Rossi ao pódio por diversas vezes e que deu a Alexandre Barros diversas vitórias. Pilotamos este foguete da Honda versão 2006, já com amortecedor de direção eletrônico e uma estabilidade impressionante!

Tinha acabado de testar a nova Kawasaki ZX 10R em Belo Horizonte. Estava ainda sob o efeito anestésico-eriçador daquela Ninja quando, a convite da Honda, fui a Inadaiatuba rodar com a edição 2006 da Honda CBR 1000 RR Fireblade, a moto que em sua concepção utilizou muito da RC 211V de pista. Ao girar a chave e girar a manopla do acelerador, fiquei surpreso com o ronco do motor, a facilidade com a qual o piloto se adapta à moto e com sua agilidade, capaz de fazer você passar dos 200 km/h em poucos segundos.

A moto está muito bonita. Ela manteve a mesma dianteira curta, com faróis duplos do tipo “Line Beam” e, se você reparar o desenho das carenagens frontal e lateral, verá que também foi modificado. Apresentam formas mais estreitas e agressiva, passando imagem de robustez à moto e aumentando sua ligação com a RC 211V.

Linhas de moto de corrida

O design moderno da CBR 1000RR Fireblade também permite o encaixe perfeito das pernas, independentemente do quão alto o piloto seja. Isso permite controle adequado da motocicleta, proporcionando o máximo de agilidade na pilotagem e o controle preciso dos movimentos. Tanto os suportes de carenagem frontal como os pedais de apoio são feitos de alumínio.

O tanque de combustível, que tem capacidade para 18 litros, incluindo a reserva (aproximadamente 3,5 litros), está recuado e mais baixo, uma característica das motocicletas de competição. Das pistas também foi importado o moderno escapamento “Centre-Up”. Formado pelo sistema 4x2x1 em aço inox e ponteira de titânio inoxidável, o equipamento tem saída sob a rabeta. É leve, diminuiu a turbulência, melhora a aerodinâmica, aumenta o grau de inclinação nas curvas e proporciona a centralização da massa.

Usina de força nesta esportiva


Muito da tecnologia Honda utilizada na MotoGP é replicada na CBR 1000RR Fireblade. Por isso, a versão 2006 é apresentada ao mercado com um propulsor de 998 cm3, DOHC (Double Over Head Camshaft) de quatro tempos, quatro cilindros e 16 válvulas, o que gera potência máxima de 171,3 cv a 11.250 rpm e torque máximo de 11,7 kgf.m a 8.500 rpm. O peso é de 179 quilos, dando à moto uma relação peso/potência de 1:04 A moto chega aos 300 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 3 segundos.

O radiador está mais leve, os pistões são em alumínio forjado e anéis de segmento menos espessos, tudo tornando a moto mais leve. A tampa do gerador do motor é em magnésio e o sistema de injeção eletrônica PGM-DSFI (possui processador de 32 bits) processa com precisão a quantidade de combustível que compõe a mistura. O chassi da nova Fireblade é todo em alumínio e a mesma tem centro de gravidade baixo, tornando-a mais maleável e fácil de ser pilotada. Você gira a manopla e tem de ter cuidado para não ir apenas a moto e você ficar. Ela cai o giro rapidamente, razão de também ficar atento nas desacelerações. A suspensão dianteira do tipo telescópica com sistema HMAS (Honda's Multi Action System), que permite múltiplas regulagens na velocidade de compressão e retorno do amortecedor e da tensão da mola. Isso assegura estabilidade principalmente em pilotagem esportiva.

Chave com chip e amortecedor de direção

Já a suspensão traseira UNIT PRO-LINK é um sistema proveniente da RC 211V, na qual o amortecedor permanece ancorado na própria balança de alumínio, ao invés de estar ligado à parte superior do chassi como nos PRO-LINK tradicionais. Outro destaque da versão 2006 é o Amortecedor de Direção Eletrônico Honda que utiliza sensores de velocidade e aceleração. O sistema anula eventuais oscilações do guidão percebidas nas rápidas acelerações. O sistema de freios utiliza na dianteira o mecanismo de disco duplo flutuante com acionamento hidráulico, cáliper de encaixe radial de quatro pistões e diâmetro de 320 mm. Já o freio traseiro é a disco com acionamento por pistão simples, com 220 mm de diâmetro. Além disso, as rodas de 17” e os pneus radiais, extra largos de perfil super esportivo, asseguram ótimas aderência e dirigibilidade. Outro tópico de extrema importância é o H.I.S.S. (Honda Ignition Security System). O sistema de identificação por meio de chip eletrônico da chave de ignição, garantindo maior segurança ao condutor. Uma moto e tanto para quem curte superesportivas. Leve, ágil e com preço público sugerido de menos de R$ 65 mil.#

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